Authors Dispossessions in the Americas

(Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020) trabalha no Ministério dos Povos Indígenas, como Coordenadora-Geral de Formação no Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas. De 2021 a 2022, foi pesquisadora de pós-doutorado, com bolsa da Fundação Mellon, no projeto “Expropriação nas Américas: a extração de corpos, território e patrimônio da conquista ao presente”, desenvolvido pela Universidade de Pensilvânia. Antes, entre 2017 e 2018, foi pesquisadora visitante junto ao LLILAS Nettie Lee Benson Latin American Collection, na Universidade do Texas em Austin. Nos últimos 15 anos, tem desenvolvido pesquisas etnográficas junto a povos indígena e outros povos e comunidades tradicionais no Brasil, com foco em direitos territoriais e na mobilização desses grupos para defender seus territórios, modos de vida e projetos coletivos. Sua dissertação de mestrado, publicada em livro em 2019, foi premiada pela Sociedade de Antropologia das Terras Baixas da América Latina (Norm and Sibby Whitten Publication Subvention Award for Anthropological Monographs on Lowland South America). Já sua tese de doutorado, que recebeu menção honrosa no Prêmio CAPES de Tese, do Ministério da Educação, foi publicada em 2022.

Vitor Flynn Paciornik é um quadrinista e ilustrador de São Paulo, Brasil, formado em artes plásticas e em ciências sociais pela Universidade de São Paulo. Em 2016, publicou pela Editora Elefante, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, seu primeiro álbum, Xondaro, sobre a luta dos Guarani Mbya da capital de São Paulo pela demarcação de seu território. Em 2020, publicou Os donos da terra, em parceria com Daniela Fernandes Alarcon e Glicéria Jesus da Silva, sobre a vida e a luta dos Tupinambá do sul da Bahia. Realizado com apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, o livro consta do Catálogo HQ Brasil (organizado pela Bienal de Quadrinhos de Curitiba e pelo Ministério das Relações Exteriores) e foi finalista do Troféu HQMix de 2021. No mesmo ano, publicou Aquarela (que ficou entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti 2021 e do HQMix), com André Bernardino, com quem também lançou, no final de 2021, Depois que os sinos dobram, (finalista do HQMix na categoria aventura/terror/fantasia). Ambos os projetos foram realizados com apoio do Programa de Ação Cultural de São Paulo (ProAC), programa de incentivo do governo do estado. Mantém desde 2013 o blog autoral Quadrinhos B, dedicado a histórias curtas.

Glicéria Jesus da Silva (Glicéria Tupinambá) é uma conhecida liderança, artista e pesquisadora indígena da aldeia Serra do Padeiro, localizada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, na Bahia, Brasil. Devido a seu compromisso inabalável pelo reconhecimento dos direitos territoriais dos Tupinambá, foi repetidamente ameaçada e criminalizada. Atualmente, desenvolve pesquisa de mestrado em Antropologia Social no Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua pesquisa focalize os esforços contemporâneos dos Tupinambá para recuperar sua cultura material, entrelaçados à luta pela terra. Mais especificamente, ela investiga os mantos de pena produzidos pelos Tupinambá nos séculos 16 e 17, ao passo que também têm confeccionado mantos contemporâneos. Em 2020, junto a Daniela Alarcon e Vitor Flynn, publicou o livro de histórias em quadrinhos Os donos da terra. Em 2023, com Alexandre Mortágua, dirigiu o filme Quando o manto fala e o que o manto diz, que estreou no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em 2024, tornou-se a primeira artista indígena a expor em uma individual no pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza, com “Ka’a Pûera: nós somos pássaros que andam”.

Fernanda Ligabue é cinegrafista e documentarista com bacharelado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos, Brasil. Atuou como pesquisadora na produtora O2 Filmes e como videomaker na produtora Filmes para Bailar e no Teatro Oficina. Atualmente, é documentarista e fotógrafa freelancer em projetos de veículos de imprensa independentes e organização não governamentais focada em direitos humanos e questões socioambientais, como Agência Pública, Repórter Brasil, Greenpeace Brasil e Internacional, Instituto Socioambiental, WWF, Rainforest Foundation Norway, Global Witness e World Animal Protection. É membra fundadora do Coletivo de Mulheres e Pessoas Transgênero do Departamento de Fotografia do Cinema Brasileiro (DAFB).

Márcia Regina de Lima Silva é a Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial. Professora do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo. É pesquisadora sênior associada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), onde coordenava o AFRO-Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial. Possui Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Realizou Pós-Doutorado na University of Columbia (2011-2012) e foi Visiting Fellow no Afro-Latin American Research Institute (ALARI) do Hutchins Center for African and African American Studies na Universidade de Harvard (2016-2017). Seus temas de investigação são: desigualdades raciais e relações raciais, com ênfase nos temas de gênero e raça, educação, mercado de trabalho, políticas de ações afirmativas.

Graduado em História (2015-2019), Mestre em História (2021-2023) e Estudante de Doutorado em História (2024-presente) pela Universidade Federal do Pará (UFPA), me dedico a pesquisar a respeito da História Indígena e suas relações com o poder colonial português na América, em especial, na região dos estados do Maranhão e do Piauí, nordeste do Brasil, e parte da Amazônia Oriental. Tenho interesse nas temáticas relativas a espaço, território, estudos entre História e Geografia, entre História e Arquitetura e entre História e Antropologia. Também sou integrante do grupo de pesquisa HINDIA (História Indígena e do Indigenismo na Amazônia), coordenado pelo Prof. Dr. Márcio Couto Henrique (UFPA) e em colaboração com o grupo Vilas Indígenas Pombalinas (VIP), coordenado pela Prof. Dra. Vania Maria Losada Moreira, docente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).